Deveríamos parar um momento para refletirmos sobre o que fazemos com a nossa saúde todos os dias. Nosso corpo é inundado de hormônios do estresse (cortisol e adrenalina), causados por ansiedades, medos e preocupações. Eles geram um estado de tensão constante e sobrecarga orgânica!
Vale dizer que os hormônios do estresse são importantes, podem nos dar energia para sair da frente de um automóvel ou fugir de uma ameaça fatal iminente. Contudo, no mundo de hoje, são demasiadamente requisitados, colocando o sistema neuroendócrino em especial tensão. Sabe-se que diabetes e obesidade, entre outras doenças, são resultantes também destes fatores. Em níveis elevados, a insulina e o cortisol são agentes inflamatórios. Muitos sofrem o excesso de insulina pelo alto consumo de açúcares e outros carboidratos refinados na dieta, e pelo excesso de cortisol devido a muito estresse e cafeína. Abrir mão de açúcares e alimentos que contêm amidos simples, como pães de farinha refinada, bolos, bolachas e similares, ajudará a manter os níveis normais de insulina. Eliminar o café ajudará a controlar os níveis de cortisol. Um estudo na Universidade de Duke descobriu que os efeitos do consumo do café matinal podem exagerar as respostas de estresse do corpo e aumentar os níveis de hormônio do estresse durante o dia todo, avançando noite adentro.
Todos sabemos que lidar com muito estresse pode fazer com que nos sintamos mais velhos do que realmente somos. Mas um estudo recente realizado na Universidade da Califórnia, em São Francisco, sugere que não se trata apenas de uma sensação. O estresse realmente acelera a velocidade de envelhecimento das células. É fato consumado que o estresse precipita o envelhecimento precoce, mas até recentemente ainda não se conhecia seu exato mecanismo.
Outro fator interessante foi a descoberta de que altos níveis de estresse aumentam o colesterol em longo prazo, pois o estresse está vinculado ao maior ritmo cardíaco e a um sistema imunológico enfraquecido que predispõe a uma série de processos inflamatórios que também aumentam a produção de colesterol!
Suplementos nutricionais específicos, junto com exercícios e meditação, ajudam a administrar a vida estressante. A vitamina C regula os altos níveis de cortisol gerados pelo estresse. O óleo de peixe ômega 3, por sua vez, reduz o risco cardiovascular, além de ajudar as pessoas a lidarem melhor com o estresse psicológico e de diminuir os níveis de cortisol. Atualmente, os resultados de um novo estudo clínico incrementam as provas existentes, indicando uma ligação estreita entre o baixo consumo de ômega 3 e o comportamento agressivo e irritadiço. Outro suplemento que comprovou ser útil no combate aos efeitos deletérios do estresse foi a fosfatidilserina. Esse fosfolipídeo constitui uma parte essencial da membrana celular. No início da década de 90, estudos mostraram que a fosfatidilserina pode reduzir níveis elevados de cortisol induzidos pelo estresse mental e físico.
Algumas plantas como rhodiola rósea, ginseng e ginkgo biloba aliviam o estresse porque possuem a capacidade de regular os níveis e a atividade dos hormônios e substâncias neuroquímicas do cérebro. Um estudo publicado no Journal of Physiology and Pharmacology, examinou os efeitos do ginkgo na regulação dos níveis de cortisol e pressão arterial em 75 pessoas do sexo masculino e feminino. Quando expostos a estressores físicos e mentais, os sujeitos do estudo que receberam o extrato de ginkgo padronizado perceberam aumentos não tão consideráveis nos níveis de cortisol e pressão arterial do que os pares que tomaram um placebo.
Atualmente, os estressores são mais psicológicos do que físicos. As emoções negativas não deixam nenhuma parte do corpo intocada. Mas não somos seres impotentes, sem defesa. Precisamos reconhecer-nos como entidades poderosas com grande capacidade para criar-nos ou destruir-nos, bem como às nossas realidades e ao nosso universo. Concentrar-se em pensamentos e emoções positivas é o segredo para um futuro mais promissor, feliz e saudável para todos nós.