Os povos orientais já diziam que a saúde começa no intestino. Hoje se sabe que ele é um órgão “inteligente”, pois absorve tudo o que ingerimos. O que não se sabia até pouco tempo, é que alimentos também podem gerar substâncias que agridem os intestinos. Com isso, suas paredes se tornam permeáveis deixando que elementos indesejados ou tóxicos passem para a circulação, prejudicando nosso organismo. Este prejuízo pode ser de várias formas, desde a queda da imunidade até a dificuldade de emagrecer!
Atualmente o glúten é apontado como um dos elementos mais agressivos à nossa saúde. Ele causa uma das mais graves intolerâncias aos intestinos: a doença celíaca, cujos sintomas podem iniciar na infância, logo que a criança começa a ingerir produtos elaborados com farinhas, mas acomete também os adultos.
No entanto, o mais comum de se observar é o fato de um grande número de pessoas apresentarem uma reação de intolerância ao glúten evidenciado pelo teste de alimentos. Esta intolerância se mostra assintomática no dia a dia mas causa uma alteração no intestino delgado, impedindo a absorção correta dos alimentos. A falta de absorção dos alimentos, por sua vez, implica em carências nutricionais, razão pela qual aparece a compulsão alimentar e, consequentemente, a obesidade. Além disso, também gera sintomas relacionados à ansiedade, cansaço e à crescente fragilidade da imunidade, sintomas jamais antes relacionados à causas alimentares.
É preciso ficar atento para as pessoas que apresentam dificuldade de emagrecer mesmo fazendo dietas restritas em calorias, e que associado a este fator manifestam cansaço, inchaço constante, estufamento gástrico, constipação crônica, ou dores de cabeça inexplicáveis. Estes indivíduos podem estar sofrendo os efeitos do glúten, presente em todas as farinhas de trigo, aveia, cevada e centeio.
Sabemos que à medida que o tempo passa, nosso metabolismo vai ficando mais lento, e a queima de energia é muito prejudicada. As famosas barrigas formadas por gordura visceral ficam mais evidentes, além do esquecimento, e do cansaço. Se quisermos amenizar estes efeitos que o tempo inevitavelmente nos proporciona pela queda da produção dos nossos hormônios, teremos que encarar mais a sério várias mudanças alimentares. São mudanças baseadas no conhecimento sobre o funcionamento do nosso corpo e na percepção das nossas necessidades. A partir daí podemos traçar nosso plano de saúde e longevidade!
Sugestão de leitura: Glúten e obesidade, a verdade que emagrece – Regina Racco, RJ 2008